quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ficar ou Namorar?


FICAR

O que pode tornar-se um “inferno” para a família, quando um filho ou uma filha de 13 anos diz que está saindo com alguém, poderia ser menos conflituoso se antes tivessem buscado esclarecer o que é namoro e o que é ficar. A compreensão de namoro, para os pais que foram adolescentes na década de 70 e 80, foi bem diferente da dos seus filhos que nasceram na década seguinte e que encaram com um novo jeito suas relações afetivas.
Deles, ouve-se freqüentemente a expressão: “Eu fiquei com...”.
Eles definem ficar como uma troca de carinhos por um período curto, sem compromisso de namoro, sem o compromisso do dia seguinte. O adolescente, ao ficar, exercita sua descoberta da sexualidade: seu corpo, sua personalidade, sua autoestima, o outro, o prazer. Já o namoro pressupõe a exigência de permanência, de mais consistência na relação, de maior envolvimento e, porque não, de maturidade.

FICAR OU NAMORAR

Que bom seria se tivéssemos uma resposta à pergunta: “É melhor que meus filhos namorem ou fiquem?”. O ficar é um comportamento atual. Não se sabe com exatidão o que será amanhã, já que é característica dos adolescentes mudarem facilmente e, se enchendo desse relacionamento superficial, voltem, daqui há algum tempo, a namorar com mais seriedade e compromisso.
Particularmente, conhecendo os adolescentes, acho isso um tanto difícil, já que o ficar é próprio dos adolescentes que ainda estão centrados em si e têm uma forte necessidade de se auto-afirmar. É mais fácil entender uma adolescente que hoje sai com um garoto, mas já pensando em convidar outro para ir ao cinema, só porque é mais bonito, do que uma jovem de 20 anos.

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